Principal objetivo foi debater e
verificar a atual situação da Funcef e as ações em curso, visando
o resultado da Fundação.
Realizada reunião entre a Federação Nacional das Associações de Aposentados e Pensionistas
(FENACEF) e a Fundação dos Economiários Federais (FUNCEF). O intuito da Federação
foi obter mais informações sobre os
resultados e perspectivas da Funcef para 2015, monitorando as atitudes e
informando os participantes.
Estiveram presentes no encontro como
representantes da FENACEF: o
presidente da Federação,
Edgard Lima; a vice-presidente, Maria Lúcia
Cavalcante Dejavite; o diretor de
Benefícios, Francisco de Assis
Cantalino Wanderley; o
diretor de Eventos, Benedito Silvano Bonacordi; o presidente do Conselho Fiscal: Antonio Carlos Mariani Mansur; o presidente do Conselho
Deliberativo, Jesse Krieger; e o diretor administrativo-financeiro, Rossini Ewerton
Pereira da Silva. E da FUNCEF participaram o diretor de Investimentos,
Maurício Marcellini; o secretário geral da Presidência, Geraldo Aparecido
da Silva; o gerente de Macro alocação de Recursos e Cenários, Reinaldo Soares, e o consultor especial da
Presidência,
José Lino.
Os principais temas discutidos foram:
Resultados e perspectivas da Funcef em 2015; Situação dos principais investimentos da Fundação;
Contencioso Jurídico: Quais as atitudes para reversão.
O encontro foi conduzido pelo Diretor de Investimentos da Funcef que
falou sobre o cenário atual do País, destacando que investimentos econômicos - como os que a Funcef participa – estão sendo diretamente afetados por fatores
como a economia brasileira em recessão e a crise política, incluindo a perda do selo de bom pagador do Brasil, além de outros fatores externos como a elevação de juros nos EUA e a
desaceleração do
crescimento chinês. Ele
destacou que a economia brasileira está
em um momento difícil e que as projeções
não são
animadoras: “Todo o mercado errou em relação às
perspectivas de crescimento. Precisamos ver a realidade, não
é o momento de vender ações. Esse debate sobre o
déficit, no momento na Funcef, em breve deverá ser discutido por todo o sistema”.
Maurício Marcellini ressaltou ainda que há limites mínimos e máximos para os investimentos, definidos em lei e pela Política de Investimentos, e que esses devem
ser pensados em longo prazo, afirmando que nesse momento de crise não há muito como se investir, pois há que se tomar cuidado com a liquidez.
O
resultado do ano de 2015, apurado até
Junho, aponta um déficit
de R$3.301.236.665 e os números,
por plano, são
os seguintes:
REG/REPLAN
SALDADO...................... (2.781.846.197)
REG/REPLAN
NÃO
SALDADO............. (. 382.492.770)
NOVO
PLANO.......................................
(. 27.515.818)
REB........................................................ (.
19.381.880)
O
Diretor de Investimentos Informou que a política
de investimentos vem sendo reavaliada e readequada constantemente e as atitudes
vem sendo tomadas, dentro das possibilidades e limites previstos em lei. No
caso do plano REG/REPLAN, saldado e não,
cessaram os aportes em investimentos estruturados e há migração
constante de renda variável,
para renda fixa e títulos
públicos
federais.
O
Presidente da FENACEF, Edgard Lima, definiu a intenção da
Federação em contratar auditoria externa para acompanhar os
realizados da Fundação e ponderou que a transparência
das informações é uma forma de reforçar
a credibilidade da FUNCEF.
Neste
sentido ainda solicitou que os dados sobre a contratação e
situação de todos os negócios da Fundação
pudessem ser disponibilizados no site, em área restrita, facilitando o
acompanhamento pelos participantes, de forma sistemática e a
tempo dos nossos negócios.
A
representação da FUNCEF acolheu os pedidos e solicitou que a FENACEF
formalize as demandas, o que será feito nos próximos
dias.
Contencioso
Em relação ao Contencioso Jurídico, que representa
percentual expressivo do déficit,
até o mês de junho o valor
provisionado é de
R$1.792.233.568,00 e o estoque é
de 12.989 ações.
Como é de conhecimento,
tais ações,
mesmo impetradas contra a Funcef, são
demandas de origem trabalhistas e, portanto, de responsabilidade da Caixa que,
até o momento,
limita-se a cumprir as sentenças
que lhe são
atribuídas,
restando à Fundação arcar com este ônus que gera
crescentes déficits.
O
assunto já foi
levado em mesa de negociação
com a Caixa, que não
aceitou negociar naquele nível.
A FENACEF entende que é
preciso unir forças
entre todas as representações
dos participantes para auxiliar a FUNCEF nas negociações com a Caixa, sem prejuízo de ações regressivas,
chamando a Patrocinadora à
lide.
Plano de Equacionamento
Segundo
informação da
FUNCEF, a Caixa está fazendo o acompanhamento do plano de
equacionamento, analisando se os cálculos e aplicação das regras estão corretos. As avaliações estão chegando ao final, e
a data limite para a contratação do plano é 31 de dezembro desse
ano. E embora valor, datas e regras já
estejam definidas, ainda há outras questões que precisam ser debatidas para
finalização e
divulgação. É importante salientar
que a aplicabilidade do plano de equacionamento é
uma relação
direta entre a Fundação
e os participantes, sem a interveniência
ou homologação
de qualquer entidade representativa.
Ressaltamos que a FENACEF acompanha de perto as medidas adotadas pela Funcef para o
equacionamento do déficit, com o objetivo de minimizar os
transtornos aos aposentados e pensionistas assistidos pela Federação.
A questão do custeio
administrativo da FUNCEF foi transferida para a próxima reunião de acompanhamento entre FENACEF e
Fundação, a ser
marcada para outubro.
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